Wednesday, January 4, 2012

Super legal dica p as gestantes .. mundo a fora :)

“Não, não pode.” Depois de termos ouvido tantos “nãos” quando crianças, voltamos a escutá-los, agora, adultas, na gravidez. Se você ainda não engravidou, prepare-se. Um dos primeiros vai ser: não, nem pense em tomar qualquer tipo de remédio sem falar com seu médico antes, mesmo os que você sempre usou. A ciência ainda desconhece os efeitos que a maioria deles poderia causar durante a gravidez. Por isso, a recomendação é evitá-los. Alguns, que são usados com frequência, como os anti-inflamatórios, podem causar alterações no desenvolvimento do coração do bebê, por exemplo. Apesar da advertência, estudos feitos no mundo todo mostram que cerca de 15% das gestantes acabam se arriscando e se medicam sem orientação do obstetra.
O mesmo acontece com os suplementos vitamínicos. “É uma tendência. Muitas mulheres chegam no consultório tomando ou por conta da academia ou porque acreditam que é importante para uma futura gravidez. Quem não toma e está grávida, pede”, afirma Humberto Tindó, chefe do setor de ginecologia e obstetrícia do Hospital Central da Polícia Militar e coordenador do mesmo setor no Hospital Quinta D’Or (RJ). As pesquisas mais recentes apontam para um novo tipo de suplementação na gravidez, com ômega 3, nutriente que ajuda no desenvolvimento intelectual do bebê. Os especialistas ouvidos por CRESCER afirmam que é muito cedo para torná-la uma recomendação formal e que o ideal é consumir, pelo menos, quatro vezes na semana, peixes de água fria cozidos (como salmão e sardinha). Mas, com os demais suplementos, como os polivitamínicos, a história é diferente. Alguns médicos indicam o acompanhamento com uma nutricionista porque, com uma dieta variada e equilibrada, a gestante teria a quantidade adequada de nutrientes que precisa, mas fazer tudo superdireitinho – o que inclui ter uma alimentação saudável, comer as quantidades certas, a cada três horas, etc. – não é uma possibilidade para todo mundo. Então, o especialista recomenda o uso de polivitamínicos, uma vez ao dia, durante toda a gestação. E os cuidados com as vitaminas deve começar antes mesmo de você engravidar. É consenso entre os médicos que toda mulher que está tentando engravidar tome ácido fólico, que previne problemas no tubo neural e ajuda na formação da coluna do bebê. Estudos realizados em países que adotaram a fortificação das farinhas com o nutriente, caso do Brasil, já mostram uma redução de até 78% nos casos de doenças relacionadas a esse tipo de problema.
Se remédios e vitaminas são temas mais discutidos com o obstetra e até mesmo com amigas e familiares, o mesmo não se pode dizer sobre vacinas, que dão uma proteção extra ao seu bebê. Você sabe quais tomou (ou deveria ter tomado) nos últimos anos? “Cerca de 90% das pacientes não sabem dizer”, afirma Eduardo Zlotnik, ginecologista e obstetra do Hospital Albert Einstein (SP). Por que faz diferença se vacinar antes de engravidar ou até mesmo durante a gravidez? Por dois motivos: seu organismo forma anticorpos contra as doenças, que são passados para o feto dentro do útero, que também ficará mais resistente a esses problemas, além de evitar que você pegue a doença e desenvolva algum problema que coloque você ou o bebê em risco. Mas pode tomar qualquer uma? Adivinhe? Não. Nas próximas páginas, você vai descobrir quais vacinas, remédios e vitaminas deve ou não tomar antes e depois de engravidar para ter uma gestação mais segura e tranquila.
Vacinas
ANTES DE ENGRAVIDAR
A lista de vacinas que toda mulher deve tomar é longa (veja no nosso site todas elas). Por isso, primeiro, o médico vai pedir um exame de sangue (chamado sorologia) para saber se você já está protegida contra algumas doenças. Para as que estiverem OK, não é preciso tomar a picadinha de novo – com exceção da contra a gripe, que é sazonal. Se puder, vacine-se contra as demais para as quais não está protegida até 90 dias antes de tentar engravidar. Esse tempo, que não é um consenso entre os médicos, serve para evitar o risco teórico de contaminação do feto.
Se não for possível se proteger contra todas elas, dê preferência a três:
- Rubéola: pode causar má-formações no bebê. Na rede privada, é dada na tríplice viral, que protege ainda contra sarampo e caxumba. Uma dose. R$ 60. Gratuita no posto.
- Hepatite B: a doença pode ser passada para o bebê no nascimento, que vai desenvolver hepatite crônica ao longo da vida. Três doses. R$ 65 cada. Gratuita na rede pública para menores de 25 anos.
- Gripe: o impacto da doença é maior em gestantes. Uma dose, de preferência no outono. R$ 70.
SE JÁ ESTÁ GRÁVIDA
Se você tomou todas as doses indicadas, não precisa se preocupar. A única que deve repor durante a gravidez é a da gripe, porque a formulação da vacina muda todo o ano. Ela é gratuita para gestantes.
Se não se vacinou contra nenhuma e o exame de sorologia não mostrou nenhuma novidade, além da vacina contra a gripe, agora você só pode se proteger contra a hepatite B (três doses), a antitetânica (se não foi vacinada nos últimos cinco anos, com duas ou três doses) e a da febre amarela se for viajar para área de risco. Todas estão disponíveis gratuitamente na rede pública para gestantes.
É recomendado evitá-las antes da 16ª semana para não interferir no desenvolvimento do feto.
Se você tomou alguma vacina que não está citada acima sem saber que estava grávida, não entre em pânico. Converse com seu médico. A chance de acontecer algum problema com o bebê é muito rara.
Gestantes com doenças crônicas, como as soropositivas, têm calendário de vacinação diferente.

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